Se houvesse um prémio de simpatia no festival, os ingleses Kaiser Chiefs seriam fortes candidatos a vencê-lo. O enérgico vocalista Ricky Wilson foi uma carga de trabalhos para a equipa de seguranças na zona do Palco Optimus. Não parava de descer o palco e de correr pelos fossos da assistência, envolvendo-se no meio da assistência como tanto gosta. E, num dos momentos do concerto, chegou a fugir até ao posto de venda de cervejas (sempre de microfone na mão). Usou muito as câmaras do festival para comunicar (chegando a soletrar um «obrigado»), fez aqueles saltos fotográficos a partir da elevação da bateria e coreografou centenas de braços no ar na arena. Ricky Wilson foi um autêntico agitador de emoções humanas.
Claro que a pop antidepressiva e contagiante da banda ajudou a que este fosse mais um concerto triunfal dos Kaiser Chiefs por estas paragens. As suas canções, em mod humorístico, têm íman com o público, atraindo sempre grandes coros em uníssono. Há aqui uma autêntica cartilha de canções trauteáveis e orelhudas, como são Everyday I Love You Less and Less (a iniciar a hora), Never Miss A Beat, Modern Way, I Predict a Riot ou, a fechar, Oh My God. Foi uma hora de pop britânica de sorriso aberto que deixou rasto na disposição geral.
Antes, no coberto Palco Super Bock, os Foals entretiveram a vasta multidão que tem enchido o hangar, com um indie-rock frenético que metralha em tempo recorde uma multiplitude de acordes de guitarra. Nesta actuação do quinteto inglês, não faltou o famoso tema Cassius, que mais cliques no YouTube tem valido.
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